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sábado, 12 de dezembro de 2015

O verdadeiro Sá Carneiro de Camarate! O Poeta!


Camarate ficará, para sempre, ligada a Sá Carneiro! Não só a Francisco mas também a Mário! 


Mário de Sá Caneiro nasceu, no seio de uma abastada família alto-burguesa, sendo filho e neto de militares. Órfão de mãe com apenas dois anos (1892), ficou entregue ao cuidado dos avós, indo viver para a Quinta da Vitória, aí passando grande parte da infância. Em 1911, com vinte e um anos, vai para Coimbra, onde se matricula na Faculdade de Direito, mas não conclui sequer o ano. Em 1912 veio a conhecer aquele que foi, sem dúvida, o seu melhor amigo – Fernando Pessoa. Com Pessoa e ainda Almada Negreiros integrou o primeiro grupo modernista português (o qual, influenciado pelo cosmopolitismo e pelas vanguardas culturais europeias, pretendia escandalizar a sociedade burguesa e urbana da época), sendo responsável pela edição da revista literária Orpheu (e que por isso mesmo ficou sendo conhecido como a Geração d’Orpheu ou Grupo d’Orpheu), um verdadeiro escândalo literário à época, motivo pelo qual apenas saíram dois números (Março e Junho de 1915; o terceiro, embora impresso, não foi publicado, tendo os seus autores sido alvo da chacota social) – ainda que hoje seja, reconhecidamente, um dos marcos da história da literatura portuguesa, responsável pela agitação do meio cultural português, bem como pela introdução do Modernismo em Portugal. 

A terra que o acolheu na infância – Camarate –, e a quem ele dedicou também algumas das suas poesias, homenageou-o, conferindo o seu nome a uma escola, a E.B. 2,3 Mário de Sá Carneiro. 


O seu poema Fim foi musicado por um grupo português no final dos anos 1980, os Trovante. Mais tarde, o seu poema O Outro foi também musicado pela cantora brasileira Adriana Calcanhotto. Em 1949 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua junto à Avenida da Igreja, em Alvalade. 



Morreu em 26 Abril 1916 Paris, França.